Estamos em 2014, ano da copa e ano de eleições, nós, eleitores, precisamos nos inteirar do que acontece no cenário político, econômico e cultural do país. Tivemos muitas manifestações e protestos contra a inflação, falta de segurança, taxas abusivas, aumento da tarifa de ônibus etc. Porém, no ato da mudança, ficamos de braços cruzados literalmente. O que fazer? Como posso alterar tanta corrupção na política? Fazendo-se um ser político, e atuante na cidade, estado e comunidade. Leia, assista ao horário eleitoral, informe-se em todos os meios de comunicação após o seu candidato ser eleito cobre dele o que prometeu. Veja se os projetos estão saindo do papel e concretizando-se em ações. Não votem em branco ou anulem. Essa é uma das únicas formas de reverter a nossa história, deixando de ser meros figurantes para se tornar personagens principais. Então, decidimos de começar o nosso debate agora. O primeiro entrevistado do nosso blog é o candidato ao governo do estado do Ceará, Ailton Lopes (PSOL). Nosso espaço é democrático e aceita ouvir todas as propostas para deixar o nosso internauta mais informado, e assim escolher aquele que lhe parece mais adequado ao posto. Ele é um homem jovem, atuante na política, professor, bancário e cheio de ideias inovadoras. Ele ama o que faz, e possui sonhos como qualquer um de nós, o que o diferencia é a vontade de realizá-los. Vamos conhecê-lo um pouco melhor:
Entrevista Com Ailton Lopes Parte I
Eu:1) Desde quando surgiu o seu interesse pela política?
Ailton: Desde quando comecei a estudar história ainda na sexta-série e tinha um professor que utilizava também o ensino de disciplinas como “OSPB” e “Moral e Cívica” para apontar uma perspectiva crítica. Meu engajamento maior, contudo, foi quando entrei no movimento estudantil universitário.
Eu:2) Pode nos contar um pouco sua trajetória política?
Ailton: Prefiro dizer do meu “fazer política”. Trajetória soa quase como uma carreira e não julgo que a política deva ser tratada como uma carreira ou com “profissionalismo”. A política que eu e o coletivo do qual faço parte defendemos é uma política como ação cotidiana de luta por direitos e transformação social da nossa realidade, lutar por outro mundo, justo, de mulheres e homens livres, numa relação de harmonia com a natureza, sem exploradores e explorados, opressores e oprimidos.
A primeira vez que começo a participar de um coletivo com maior compreensão política foi no movimento estudantil, embora já na Pastoral de Juventude fizéssemos reflexões sobre a situação do município onde morávamos como Maracanaú e sobre a questão social brasileira em geral, a partir de uma visão de um Cristo Libertador, de uma Igreja que fizera a opção pelos pobres e oprimidos.
No movimento estudantil universitário, participei de duas gestões do Centro Acadêmico de Medicina Veterinária – meu primeiro curso – na Universidade Estadual do Ceará e da Executiva Nacional dos Estudantes de Veterinária. Ainda participei durante um período em que estudei em Sobral na UEVA (Universidade Estadual Vale do Acaraú) do movimento estudantil lá. Fui ainda do Diretório Central dos Estudantes da UECE por duas gestões.
Quando ingresso como funcionário no Banco do Brasil, passo a participar dos fóruns da categoria bancária e engajar-me no movimento sindical em defesa de um sindicalismo renovado, independente dos patrões e dos governos, e sem o aparelhamento partidário hoje tão arraigado às burocracias sindicais, distantes dos anseios da maioria dos trabalhadores e trabalhadoras.
Ainda, tanto na militância do movimento estudantil, sindical e mesmo partidária quando me filei, pela primeira vez, a um partido (PT em 1998), compreendi a aliança necessária entre os diversos movimentos sociais para a luta por uma sociedade justa, verdadeiramente socialista, democrática. Não bastava mudar a estrutura econômica sem combater as diversas formas de opressão, como gênero, étnico-racial, orientação sexual, entre outras.
Eu:3) Por que atuar em coisas tão distintas, como professor, bancário, e candidato?
Ailton: Na vida, precisamos fazer escolhas. A profissão de bancário foi uma opção para que eu pudesse, num dado momento de minha juventude, adquirir autonomia financeira. A de professor sempre foi e continua sendo minha paixão, sinto-me profundamente realizado dentro ou fora de uma sala de aula, atuando como professor. É como professor que reconheço minha maior capacidade de atuar na mudança social e realizar-me no meu fazer profissional.
Já candidato é uma tarefa política, uma tarefa para a qual somos convocados por um coletivo para representar os ideais e projetos deste coletivo que fazemos parte. É a possibilidade de disputar ideias e visões de mundo. É assim que vejo. E uma tarefa que exige também dedicação e grande responsabilidade.
Eu: 4) O que você faria de diferente dos outros candidatos?
Ailton:Já fazemos diferente. Os outros candidatos fazem de tudo por voto, é um vale-tudo eleitoral: baseados em pesquisas encomendadas, dizem o que a maioria das pessoas quer ouvir, de maneira difusa. E apropria-se das crenças e sentimentos da população para depois trair os interesses e sentimentos desta mesma população que os elegeu.
Nós falamos o que acreditamos, o que realmente defendemos. Quem vota no PSOL, sabe em quem e em que projeto está votando.
A política eleitoral virou um grande mercado, como tudo no capitalismo. Gasta-se muito dinheiro com mídia, pesquisas, marketing para se fabricar propostas, dados, forjar expectativas. Os candidatos, em geral, são produtos deste negócio em que se transformaram as eleições.
Nosso desafio é conseguir que a nossa mensagem de uma outra política, baseada nos interesses da maioria da população que são os trabalhadores e trabalhadoras, as juventudes, mulheres, crianças e adolescentes, idosos, negras e negros, lgbts, que esta nossa mensagem alcance e possa ser compreendida por mais pessoas. Isto em meio a todo este mercado da política. Nosso desafio é furar o triste espetáculo da política como negócio e simulacro, fraude e farsa.
Nossa diferença consiste nestes desafios, como o de convocar os de baixo, aqueles e aquelas que não têm acesso aos serviços públicos de qualidade, que sofrem com o péssimo transporte público, com a falta de medicamentos e estrutura, além da lotação das unidades de saúde, com os graves problemas da educação pública, com a falta de esgotamento sanitário, falta de moradia, enfim, convocar todas e todos os que sofrem com a política de um Estado que foi privatizado para atender aos interesses de uma pequena elite, convocar aquelas e aqueles que enfrentam cotidianamente o abandono do Estado como garantidor de direitos constitucionalmente previstos e que sofrem com as contradições de uma sociedade da mercadoria e do dinheiro, convocar todas e todos a lutar, lutar para mudar este sistema do dinheiro e do mercado que é o capitalismo.
Continuaremos com a segunda parte da entrevista. Aguardem!
Ontem a noite, mexendo nos canais da Tv, eu vi a chamada do filme: O homem perfeito. Fiquei imaginando .... o que irá falar? Mais uma comédia romântica ou seria de comédia?! Nossa, quando comecei a assistir, eu vi muitas semelhanças da personagem principal , a Charlotte, comigo. Ela é escritora e colunista de uma revista online sobre relacionamentos. Havia se mudado para uma nova cidade em poucos dias, e conheceu uma colega, a Layla, que oferece ajuda para apresentar a cidade e fazer um perfil em um aplicativo de relacionamentos, para que tivesse encontros com vários homens e assim, ela podia se inspirar para escrever as matérias semanais da coluna dela. Abaixo do escritório em que trabalha, há um café bem charmoso e lá, a escritora conhece Liam, o proprietário, porém pensa que é apenas o barista. Aos poucos vão se tornando amigos, e ele está sempre disposto a ajudá-la. Como por um passe de mágica, na sua rotina, muitos homens aparecem e a convidam pra sair. O primeiro é o advogado...
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