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Uma nova face no cenário político cearense Parte II por Elisiany Leite

Hoje, nós continuamos com a segunda parte da entrevista com o candidato Ailton Lopes (PSOL) ao governo do estado do Ceará. Como a matéria rendeu, preferimos dividi-la. Ontem, postamos quatro perguntas que se referiam ao interesse político, sua carreira na política, suas ideias e projetos para o nosso estado. Apesar de jovem, Ailton Lopes mostrou-se bastante conhecimento dos nossos problemas e de possíveis planos de solução. Se o país precisa de mudança porque não começar a prestar atenção a quem está vivenciando esses dilemas. O povo é representado por uma pessoa que nós mesmos elegemos. Este ou esta estará lá para nos defender e lutar por nossas causas, mas será que, nos últimos anos, somos representados? Se você, caro leitor ou leitora, ainda não sabe em quem votar nas eleições, pois leiam abaixo a nossa segunda parte da entrevista.
Entrevista Parte II- Eu: 5) Quais são suas propostas para o governo do estado? Ailton:Nosso programa está continuamente em formulação e são várias as propostas em cada área.Então, para responder de maneira sintética, eu diria especialmente que nossas propostas dizem respeito à justiça social, a fim de fazer a disputa quanto à distribuição da riqueza, o convívio harmônico com a natureza, a socialização e a multilplicidade de saberes, e a construção do poder popular. Sendo mais direto, é obrigação do Estado garantir o direito à moradia, educação, saúde e transporte de qualidade. É obrigação do Estado respeitar e garantir o direito dos povos tradicionais, garantido a demarcação de terra dos povos indígenas. Isto só pode ser feito se o interesse público estiver acima dos interesses particulares da burguesia em seus diversos setores. Hoje, quem mais se beneficia com as políticas de Estado são os mais ricos: banqueiros, empreiteiros, agronegócio, por exemplo. Desse modo, defendemos que o Estado seja dirigido para atender as reivindicações e demandas sociais e não aos interesses das elites econômicas de nosso estado que, normalmente, financiam os partidos e governantes que estão no poder. Eu: 6) Você ganhará apoio de aliados ou partidos aliados? Ailton: Sim. Nós compusemos uma Frente de Esquerda Socialista. Nós, do PSOL (Partido do Socialismo e Liberdade), com o PCB (Partido Comunista Brasileiro) e o PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado). Nossa aliança foi composta a partir do programa que defendemos e do lado que escolhemos para estar na história, que é o lado dos de baixo, de todos os explorados e oprimidos por este sistema e que são a ampla maioria da população. Estamos juntos agora nas eleições porque estamos juntos em todas as lutas no dia-a-dia de trabalhadoras e trabalhadores, juventudes, movimento ambiental, lgbts, negras e negros, mulheres, dos povos tradicionais, por exemplo. Eu:7) Você foi escolhido ou se candidatou ao governo do estado do Ceará? E como foi? Ailton: Como disse, é uma tarefa coletiva. Eu pertenço a um coletivo chamado Insurgência, dentro do PSOL, que, após, um debate coletivo com outros companheiros do partido optou por meu nome para cumprir este papel. Como havia outra companheira apontada por outro coletivo partidário para a mesma tarefa, então tivemos um processo democrático de amplo debate, com eleição de delegadas e delegados para escolha do nome que representaria o conjunto do Partido nestas eleições para o governo do estado. Neste processo, nosso coletivo saiu vencedor e agora sou o candidato do PSOL e de toda a Frente de Esquerda Socialista, composta também pelos partidos PCB e PSTU. Entrevista Pingue-pongue: Nome: Ailton Lopes Idade: 36 anos Profissão atualmente: bancário e professor. Sonhos: Um mundo justo, uma sociedade socialista, sem ricos e pobres, sem patrões, exploração ou opressão. O que mudaria no meu estado: Muita coisa, mas decididamente, mudaria o projeto de desenvolvimento implantado que hoje destroi a natureza e gera injustiça social, atendendo a uma pequena minoria, em detrimento dos interesses da maioria da população. Tenho raiva: de toda forma de exploração e opressão. Sou: cristão, socialista, gay e marxista. Um sonhador que, como John Lennon, sabe que não estamos sozinhos. Somos lutadoras e lutadores. Eu acredito: na nossa capacidade de mudar o mundo. No futuro eu me vejo: uma pessoa melhor, num mundo melhor e continuando a lutar por transformações sociais. Para mais informações a respeito de Ailton Lopes, você pode conversar ou debater algumas dúvidas ou questionamentos através do perfil dele na rede social. Clique aqui!. Estou muito grata pela entrevista concedida e espero que vocês tenham gostado. Até mais!

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