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Amar é verbo transitivo direto por Elisiany Leite

Ah o amor... “É ferida que dói e não se sente”. Como assim? Realmente, o amor é um paradoxo. No turbilhão de nossos sentimentos, às vezes, nós confundimos amizade, paixão, desejo, atração com amor. Aliás, é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo? Sim, de maneiras distintas, é claro! Entretanto, o verdadeiro amor é tão difícil, artigo raro quase em extinção. As duas metades da laranja para se encontrarem pode durar uma vida inteira ou não, mais de uma para quem acredita em reencarnação. A intensidade em viver tudo de uma vez só atrapalha as duas almas gêmeas a se conhecerem melhor. O ““step by step” da relação está sendo ultrapassado para o viver: “ que seja eterno enquanto dure”. Na verdade, eu não acredito nisso. Se acreditasse nessa filosofia do que é sólido se desmancha no ar, as pessoas seriam descartáveis, assim como uma sacola de supermercado, um copo de plástico, papel higiênico etc... Todo nós, seres humanos, somos feitos de carne, osso, músculos, alma, coração, mente, sentimentos que ferimos com palavras, gestos, ações impensáveis, incalculáveis. Logo após, arrependidos voltamos a procurar as pessoas para se desculpar, mas aquela mágoa a feriu profundamente. Esquecer talvez. A memória ou o inconsciente a lembrará algum dia. Porque, então, não insistir ou consertar algo que fiz de errado ao invés de fazer “a fila andar”? Quanto tempo dura o amor entre duas pessoas? Uma vida, vinte anos, dez anos, ou um mês. Quem se atreve a me dizer do que é feito o amor? Alguém já foi apresentado a ele? O amor não é egoísta, é libertador, não é mesquinho ou avarento, sim generoso. Muito me admira um homem, em pleno século XXI, dizer que quer uma mulher para casar, cuidar da casa, dele, das crianças, goste de fazer as tarefas domésticas etc.. Sinto em informa-lo que você precisa de uma funcionária do lar, e para tanto você necessita contratá-la no Sine, assinar a carteira, pagar as férias, décimo terceiro salário e horas extras. A escravidão do amor acabou. As correntes foram quebradas e cada um escolhe viver suas emoções de acordo com suas necessidades. É proibido amar alguém mais velho ou mais novo. Há alguma regra que mostre a cláusula do convívio entre gerações? É terrível o pré-conceito até mesmo nesse sentimento universal. Vamos nos permitir a vivenciar as experiências que o destino nos proporciona. Deleite-se, pois o verbo amar é transitivo direto, isto é, quem ama, ama algo ou alguém. Não é intransitivo! É infinito...

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