Pular para o conteúdo principal

Eu te vi outra vez...

Há muitos anos, eu fui praticamente carregada por minha mãe e meu tio para ver um show de um broto dos anos 60 e 70, membro fundador da jovem guarda. Eu escutei algumas músicas e depois adormeci como a bela Aurora dos contos de fadas. Só queria chegar a casa. Somente isso. Cresci ouvindo os Lps antigos de minha mãe e depois CDs e DVDs do cara. Minha mãe parecia uma cantora do coro. Enfim, sei e cantei diversas músicas dele. Meus amigos nem imaginavam desse gosto tão peculiar. Acho que iriam dizer: “Vixe, como tu gosta de música antiga!! Ou isso aí não é brega?!” Não, acho que não. Se for brega, e daí. Sou mesmo. Romântica ou ultrarromântica assumidíssima. Início deste ano, vi o comercial com o anúncio de seu show. Aqui em casa, foram gritos e pulinhos de comoção geral. Fui logo ligando pra toda família para saber quem iria. Depois da confirmação, bastava pegar o dinheiro, comprar os ingressos e esperar pelo grande dia. Um belo dia de manhã, cinco de abril, a campainha soa. Não era que o povo chegou e o dia também. Ai meu Deus!! Mas uma tarde de maratona, comer cedo, se vestir e correr para a fila do Castelão, tudo para ver Roberto Carlos. Não sou fanática, porém queria ver tudo de pertinho. As pessoas furaram a fila, disputavam ensandecidas umas cadeiras. Ah, para completar a chuva torrencial que molhou os cabelos e vestidos longos das madames da quase área vip. Nessa hora, agradeci por estar nas cadeiras inferiores. E continuar firme até às 21h30. Após dez minutos desse horário, nosso humorista de fama internacional, Tom Cavalcante, foi o apresentador do grande espetáculo. Com direito a parabéns pra você com orquestra magistral, posso dizer que o Rei teve muitas emoções naquela noite. Eu também apreciei o momento de estar em família, reviver momentos tão marcantes, como cantar Além do Horizonte, Outra Vez, Como é grande o meu amor e Jesus Cristo. As minhas preferidas. Só tenho a dizer: É preciso saber viver. E isso RC sabe muito. Com muita disposição, ele cantou mais de 23 músicas e em duas horas de show. Vi muito casal apaixonados abraçados, e um homem emocionado cantando e chorando ao mesmo tempo. Uma senhorinha fã de carteirinha embalava e coreografava todas as músicas de pé freneticamente. Ao final, na hora de ir embora, muitas pessoas que estavam do lado de fora, entraram correndo no mix de emoção, frenesi, e desespero. Todas para ver um segundo se querem, ou apenas ver a rosa sendo entregue a alguém. Nossa aquilo foi tão dolorido para mim, e me senti privilegiada de poder tê-lo visto mais uma vez. Nessa noite eu não dormi no show, e sim sonhei acordada.

Comentários

  1. Querida Elis, parabéns pelo blog! E obrigada por me trazer à memória, por meio de suas palavras, o dia emocionante que foi participar desse momento mágico de assistir a um show do Roberto. Eu ainda não tinha chorado até o momento em que ele cantou "Aquela casa simples". Até então, eu estava mais extasiada ao ver a emoção que esse homem causa nas pessoas, até ele cantar essa música e eu me lembrar do meu irmão que mora longe, foi emocionante! Realmente o Roberto sabe tocar no coração de qualquer um em qualquer idade! Grande abraço e sucesso no blog! Amiga Andréa - Minas Gerais :)

    ResponderExcluir
  2. Obrigada Andréa!! Eu também me emocionei bastante com o show e em ver as pessoas comovidas. É incrível esse poder de atrair a todos. Espero que se torne leitora do blog!!
    abs

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

O diário de uma professora quase surtada

Oi gente!! bom dia ! Tudo bem com vocês? Estive meio ausente por dois bons motivos: primeiro a escrita do meu e-book que hoje venho falar dele. E o outro foi por causa da Bienal do Ceará na qual participei em abril e depois irei abordar essa temática. Desde novembro pra dezembro que eu senti uma vontade que queimava no meu peito de escrever algo para minha categoria: professores. Então, numa bela noite, eu sonhei que escrevia um diário contando pros meus amigos tudo aquilo que já vivenciei ou vivencio no meu dia a dia. Comecei a perguntar as pessoas mais próximas o que achavam da ideia. E elas super apoiaram. Na hora, disseram isso vai ser maior sucesso! Dependendo de sucesso ou não, o meu intuito era trazer um apoio , um alento, dicas, sugestões, porque, muitas vezes, nos sentimos sozinhos na nossa caminhada. E com esse e-book eu queria mostrar que vocês não estão sozinhos!! Eu trago muitas dicas da rotina pra ser mais leve. Não precisa ser pesado o seu trabalho. Então desde a minha...

Minha posse na ALAF: sou acadêmica!

No sábado passado (21/06), no auditório da Academia Cearense de Letras, vivenciei um dos dias mais marcantes da minha trajetória intelectual. Cercado por acadêmicos, escritores, poetas e artistas, tomei posse para ocupar uma das prestigiosas cadeiras da ALAF que, desde sua criação, congrega pensadores e criadores com o objetivo de fomentar a cultura cearense e brasileira . A cerimônia seguiu o protocolo tradicional: leitura dos currículos, assinatura do respectivo termo de posse e a entrega do diploma e medalha simbólica e o juramento que representam o compromisso com as letras e as artes. A ALAF possui um passado repleto de conquistas culturais, que incluem antologias poéticas e trocas com outras organizações literárias. Durante a cerimônia, houve momentos poéticos, homenagens e discursos curtos que destacaram a importância da academia na promoção da cultura local. Além da apresentação musical e do lançamento de uma antologia coordenada pela equipe: Primeira Antologia da Delega...

I Sarau Literário por Elisiany Leite

No dia oito de abril de 2016, a Emef Braz Ribeiro da Silva realizou o I Sarau Literário nos períodos da manhã e tarde. Este projeto faz parte da primeira conexão do primeiro bimestre: Diálogos e Comunicação. Envolvendo todas as disciplinas, cada sala ficou responsável por um livro e com seu respectivo gênero. Os alunos e seus professores orientadores leram a obra, pesquisaram sobre a biografia do autor, e foram além dele. Criaram uma nova releitura e assim encenaram partes dos capítulos dos livros. A escola toda se organizou e ficou preparada para os pais e a comunidade em volta dela. As paredes ganharam um colorido, uma decoração com o toque dos meninos que aliás se vestiram como os personagens. Explicaram, interpretaram e deram vida àquilo que os fizeram viajar através da leitura. Tivemos os grandes clássicos infantis, por exemplo, Ali Babá e os 40 ladrões, Sítio do Picapau Amarelo de Monteiro Lobato, Chapeuzinho Amarelo de Chico Buarque, e as histórias em quadrinhos da Turma da Môni...