Quando eu fiz o curso de Professor Conteudista para a UFC Virtual, uma das atividades que a nossa formadora solicitou foi uma reflexão sobre como o professor pode incentivar seu aluno à pesquisa utilizando o portfólio no sistema Solar de Ensino a Distância. Eu escrevi o meu artigo e foi muito elogiado, e assim tentei publicá-lo em algum lugar. Nada melhor do que nosso blog para abrir com chave de ouro nossa série sobre Educação. Leiam abaixo:
" O professor tem como aliado diversas ferramentas no mundo digital que podem auxiliá-lo no incentivo de seus alunos à pesquisa. Por exemplo, o portfólio que é usado como uma ferramenta avaliativa de cada aula. Entretanto, podemos pensar muito além de sua proposta original.
Em um artigo lido sobre o portfólio como atividade construtiva para o profissional reflexivo, Albertino e Souza (2004) afirmam a importância de se pesquisar utilizando o portfólio, principalmente, para a construção de um profissional crítico e reflexivo. Neste caso, é possível também usá-lo para um aperfeiçoamento dos estudos dos alunos de Educação à Distância.
Na maioria das vezes, o cronograma de cada disciplina é curto, e muitos alunos cursam diversas matérias em um semestre. Sabemos que eles têm fóruns, exercícios, chats, portfólios e provas para fazerem quase tudo ao mesmo tempo. Então, como incentivá-los a produzirem um excelente trabalho para o Portfólio? Realmente, à primeira vista, nos parece uma missão impossível que nem Tom Cruise conseguiria com todo o Exército da Tropa de Elite. Contudo, para um professor comprometido com o seu trabalho e idealizador de ideias humanistas pode sim mostrar o entusiasmo de se dedicar com tanto esmero em algo que mais à frente colherá frutos de conhecimento adquirido através do próprio esforço.
O Portfólio é considerado um tipo de avaliação, mas não devemos somente avaliar aquilo que nos foi enviado, e sim todo o processo de produção, questionamento, dúvidas feitas já nos Fóruns. Essa avaliação não é para punir, pelo contrário, é por ela que tomamos notas de todo passo-a-passo de cada aluno. Dessa forma, encorajando-o a melhorar em uma atividade incompleta, ou parabenizando-o por seu desempenho. A partir dessas atividades, vemos o nível deles e sua produção escrita. Tentando fazer um trabalho de ourives, lapidando a pedra preciosa que existe dentro dos seres humanos.
Neste momento, irei citar um caso que ocorreu na disciplina de Literatura Inglesa. Durante o semestre, pedimos aos alunos que lessem o livro “A view from the Bridge” de Arthur Miller, pois iriam escrever uma resenha da obra como atividade do portfólio. Em paralelo, utilizei o Fórum e o chat, várias vezes, para direcioná-los na árdua tarefa. Já que muitos iriam escrever esse gênero textual pela primeira vez. Pode acreditar! O interesse por essa leitura, pela vida e o estilo do autor fez uma mudança radical nesses alunos. Eles começaram a pesquisar tudo sobre o contexto da época, das curiosidades da vida do autor, assistiram aos filmes e as peças da Broadway pelo You Tube. Foi um grande avanço para quem só lia resumos e artigos sobre o livro, e não liam a obra em si. Enfim, os textos estavam bem escritos, com citações adequadas àquele parágrafo, tanto que os elogiei. Esse feito se repetiu na prova com a aprovação digna de 10 com louvor.
Citei este exemplo por achar pertinente à discussão proposta. Só quero enfatizar que não estou mostrando números, como o aluno tirou a melhor nota que os das outras classes, e sim a consequência de quem estuda, lê, escreve, revisa e aposta no seu potencial. É claro que isso é um trabalho em grupo que envolve professor, alunos e coordenadores de disciplinas.
Para conseguir um bom resultado como este requer disciplina, foco aonde se quer chegar, perseverança, amor à vocação, e acima de tudo interesse constante em pesquisar. Se formos professores relapsos, nossos alunos irão imitar nossa atitude. O exemplo parte de nós e o primeiro passo também. Ou algum aluno nos comunica o que será a próxima atividade? Certo que eles podem sugerir, criticar, aconselhar e devemos estar dispostos a dar voz aqueles a quem, geralmente, são silenciados na sociedade. Desde tempos remotos, a educação tradicional afirmou que o professor é a fonte de todo o saber, e o aluno é desprovido de conhecimento. Para tanto, o aluno se tornou passivo durante todo o processo de ensino/aprendizagem.
Hoje em dia, somos o facilitador da aprendizagem. Mediadores das interações virtuais. Como diria Delors (1998), nós desenvolvemos através dos quatro pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros e aprender a ser. Nosso objetivo principal como tutor ou professor é levar os alunos a tomarem consciência que são autônomos para criarem qualquer portfólio e independentes para concordarem ou discordarem de nós, e proporem algo para complementar.
Para concluir, creio que o portfólio seja uma atividade transformadora, crítica, e porque não dizer lúdica. Devemos motivá-los a praticarem mais, mostrando os objetivos e a função do trabalho. Ou apresentando projetos de antigos alunos como modelo expondo sua opinião e deixando-os livres para opinar. Afinal, nós estamos preparando-os para serem educadores do futuro. E como serão professores reflexivos e críticos se não instiga-los a serem".
Referências:
DELORS, Jacques et ali. Educação: um tesouro a descobrir, relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: MEC: UNESCO, 1998. Cap. 4, p. 89-102./
ALBERTINO, M. d. F; SOUZA, N. M. Avaliação da aprendizagem: o portfólio como auxiliar na construção de um profissional reflexivo. Disponível em:< http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/1020/1020.pdf>. Acesso em: 16 dez. 2013
Ontem a noite, mexendo nos canais da Tv, eu vi a chamada do filme: O homem perfeito. Fiquei imaginando .... o que irá falar? Mais uma comédia romântica ou seria de comédia?! Nossa, quando comecei a assistir, eu vi muitas semelhanças da personagem principal , a Charlotte, comigo. Ela é escritora e colunista de uma revista online sobre relacionamentos. Havia se mudado para uma nova cidade em poucos dias, e conheceu uma colega, a Layla, que oferece ajuda para apresentar a cidade e fazer um perfil em um aplicativo de relacionamentos, para que tivesse encontros com vários homens e assim, ela podia se inspirar para escrever as matérias semanais da coluna dela. Abaixo do escritório em que trabalha, há um café bem charmoso e lá, a escritora conhece Liam, o proprietário, porém pensa que é apenas o barista. Aos poucos vão se tornando amigos, e ele está sempre disposto a ajudá-la. Como por um passe de mágica, na sua rotina, muitos homens aparecem e a convidam pra sair. O primeiro é o advogado...
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