Um dos maiores medos da sociedade é o da morte. Quando eu era criança, depois que soube que nós íamos morrer, eu tinha muito medo de perder meus pais e acabar sozinha. A solidão é outro grande medo. Hoje em dia, eu gosto de ficar só, do silêncio e da minha solitude. E aí surgiu um outro medo das vivências com uns parentes que sofreram ou estão sofrendo de Alzheimer. Quem lembra do filme O Diário de Uma Paixão? O casal da história, já idosos, estão vivendo num asilo, e a mulher começou a esquecer das lembranças do passado, do esposo, dos filhos e até dela mesma. Às vezes, se assustava por não lembrar onde estava, quem era, e o que viveu. Muitas cenas são emocionantes, porém triste. Imagina você parar pra pensar que ira esquecer as pessoas que mais ama, a sua história de vida, e sua própria identidade.
Eu conheci um casal assim na vida real, tão fofo! O homem cuidava da sua esposa com paciência e contava todos os dias as histórias e aventuras deles, dos filhos, das viagens e relatava a festa e os 50 anos que passaram juntos. Infelizmente, já partiram deste mundo físico, mas deixou uma grande lição: o amor é capaz de superar qualquer sintomas da doença.
Por essa semana, eu relembrei toda essa sensação e medo de esquecer as lembranças da minha memória. Eu fui visitar uma pessoa da família muito especial pra mim, e ficou com sequelas da covid-19 e descobriu o diagnóstico do Alzheimer. Ao saber, eu fiquei angustiada e me questionei como uma pessoa tão ativa e independente ficaria dependente de outros? Relutei e tentei fingir que isso iria mudar, entretanto eu precisava encarar de frente o problema e não fugir. Cada notícia que tomava conhecimento mais me deixava ansiosa e arrasada, como ia reagir?
Fiquei super leve! E por incrível que pareça ela me reconheceu e disse o meu nome. Chorou emocionadamente ao reconhecer meus traços, ao ouvir minha voz. Eu também me senti muito chorosa, e o medo se esvaiu.Sabe porquê? Porque há um laço bem maior o do afeto, o vínculo do amor é maior, mais forte de que uma doença que corrói o físico, todavia a alma e o emocional existem e está lá ( guardado dentro do baú do coração). Basta você abrir acessar. Não podemos controlar nada! A vida é efêmera, e agora consegui entender o fluxo natural da vida e não lutar contra isso! Precisamos receber àquilo que a vida tem pra nos dá, principalmente, aproveitar com essas pessoas queridas antes que partam. Perdemos tanto tempo com o que não é importante, com o que não agrega. Eu simplesmente seleciono o que é valoroso para mim e quem me valoriza e "gasto não " invisto nas relações e pessoas ( amigos e familiares) que a recíproca é verdadeira. E que a energia é alto astral, positiva. Chuta toda negatividade e viva! Guarde as boas lembranças e se a memória falhar: registre! Escreva, fotografe, filme, quem sabe produzir um diário. Algum dia, te ajude a recordar o quanto foi amada e amou.
Ontem a noite, mexendo nos canais da Tv, eu vi a chamada do filme: O homem perfeito. Fiquei imaginando .... o que irá falar? Mais uma comédia romântica ou seria de comédia?! Nossa, quando comecei a assistir, eu vi muitas semelhanças da personagem principal , a Charlotte, comigo. Ela é escritora e colunista de uma revista online sobre relacionamentos. Havia se mudado para uma nova cidade em poucos dias, e conheceu uma colega, a Layla, que oferece ajuda para apresentar a cidade e fazer um perfil em um aplicativo de relacionamentos, para que tivesse encontros com vários homens e assim, ela podia se inspirar para escrever as matérias semanais da coluna dela. Abaixo do escritório em que trabalha, há um café bem charmoso e lá, a escritora conhece Liam, o proprietário, porém pensa que é apenas o barista. Aos poucos vão se tornando amigos, e ele está sempre disposto a ajudá-la. Como por um passe de mágica, na sua rotina, muitos homens aparecem e a convidam pra sair. O primeiro é o advogado...
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