Há algum tempo, eu comprei o livro e, em um final de semana, li todo sem paradas estratégicas. Realmente fui muito tocada pelo enredo e pela lição de vida que nos traz.Não irei revelar o final ou estragar contando alguns pontos-chave. essa não é a minha intenção, pelo contrário, em diversos momentos, somos surpreendidos pelo caos. nada está no seu devido lugar. Tentamos reencarnar, e parece o impossível para atrapalhar. Quando nos reconectamos conosco é chamado, no livro, a hora da essência. É se redescobrir e voltarmos para si mesmo! Logo, nas primeiras páginas, nos afirmam que esta será a viagem mais inesquecível que fará. Na verdade, eu senti tudo isso. Eu era uma pessoa, e logo depois percebi ser outra, e nem senti saudades do que deixei para trás.
Em um hospital, a vida de duas mulheres se cruzam: Ana e Sofia. Desse encontro, as vidas de ambas mudaram completamente. Com uma doença, Sofia é internada e traz consigo muitas dores do seu passado: o desaparecimento do filho, uma separação, a sensação de culpa, e entre tantos outros. Ana, mesmo sendo alegre e confiante é uma das enfermeiras que ajuda bastante a lidar nos dias mais difíceis, trazendo um conforto e dignidade aos pacientes.
Dentro dela, carrega mazelas, dissabores da vida por amar demais e deixar-se envolver em relações tóxicas que sequestram a subjetividade do sujeito. A mulher carrega em si a marca de aceitar e de se culpar, imposta pela sociedade patriarcal. Se o casamento não deu certo é a responsabilidade dela ! Não é isso! Devemos recusar essas afirmações jogadas em nossa cara. A personagem Sofia abdicou de sua profissão, de seus sonhos, de seus projetos para viver em casa apenas para família, ruindo como um castelo de areia. O mindinho perfeito dos sonhos destruiu por completo, quando se viu trocada por outra mulher mais jovem e bem sucedida.Começou a se questionar e também a acumular mágoas e frustrações. Ficou estagnada no passado e não seguiu em frente. Ela não tinha amor próprio, e não se conhecia. Ao final da vida, precisava fazer um caminho da verdade dela, se redescobrir. Quem era? Desvencilhar-se de máscaras que criamos para jos apresentar aos outros. A morte, literalmente, nos deixa nus. Não é o fim! Pode ser um recomeço, mas como no próprio livro, nos diz não espere a morte para aprender a viver.
Durante os capítulos, os diálogos são riquíssimos e nos faz parar e refletir: como anda a nossa vida? Lendo tantas palavras bonitas e dicas de livros incríveis, eu parei, respirei, fechei meus olhos e me imaginei nas cenas junto delas, dessas mulheres maravilhosas, mergulhei fundo e inspirei-me a ter a graça de Ana e a sabedoria de Sofia.
É tão bom amigos como a Ana que te trazem para tua essência. Vale a pena pensar que não estamos tão sos, que em cada suspiro, mesmo o último com uma mão amiga a segurar, a morte é a passagem para uma vida eterna. Cada minuto, cada segundo, cada dia é um presente ( uma dádiva) que não pode ser desperdiçada. Muitas vezes, é necessário perdoar, esquecer e/ou relevar.
Venha embarcar nesta linda e emocionante história que com temas tão atuais nos chacoalha de emoções, por exemplo a idealização do amor, projeção do homem perfeito, síndrome de Estocolmo, violência, alcoolismo, câncer entre outros.
Nem tudo parece que realmente é, se olharmos pelo ângulo de cada um dos personagens intrigantes, iremos nos apaixonar pela Nokia, Augusto, Cecília e saiba quais lados infinitos te possibilitam. Para concluir, um trecho da música que Ana canta para Sofia: " O mundo é um moinho, vai triturar teus sonhos tão mesquinhos, vai reduzir as ilusões a pó". Bem-vinda a sua nova versão! Entre em sua essência!
Ontem a noite, mexendo nos canais da Tv, eu vi a chamada do filme: O homem perfeito. Fiquei imaginando .... o que irá falar? Mais uma comédia romântica ou seria de comédia?! Nossa, quando comecei a assistir, eu vi muitas semelhanças da personagem principal , a Charlotte, comigo. Ela é escritora e colunista de uma revista online sobre relacionamentos. Havia se mudado para uma nova cidade em poucos dias, e conheceu uma colega, a Layla, que oferece ajuda para apresentar a cidade e fazer um perfil em um aplicativo de relacionamentos, para que tivesse encontros com vários homens e assim, ela podia se inspirar para escrever as matérias semanais da coluna dela. Abaixo do escritório em que trabalha, há um café bem charmoso e lá, a escritora conhece Liam, o proprietário, porém pensa que é apenas o barista. Aos poucos vão se tornando amigos, e ele está sempre disposto a ajudá-la. Como por um passe de mágica, na sua rotina, muitos homens aparecem e a convidam pra sair. O primeiro é o advogado...
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